2001: A Chave do Apocalipse

Jan Val Ellam
25 min readAug 23, 2020

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Considerações Necessárias

O que aqui será exposto deverá servir apenas como parâmetro para reflexão, jamais como verdade estabelecida, até porque o assunto enfocado eleva-se muito acima do que normalmente o atual nível da condição humana permite entender. Afinal, compreender o roteiro dos fatos proféticos constantes no livro do Apocalipse, a partir dos acontecimentos ocorridos no dia 11 de setembro de 2001, é tarefa que requer cuidadosa reflexão.

Mais complexa se torna ainda a questão pelo fato de estarmos vivendo um momento planetário em que diversos conflitos estão ocorrendo, e sabemos todos que a primeira vítima das guerras é sempre a verdade, já que os interesses antagônicos das partes em questão procuram revestir os fatos com as cores de suas conveniências. Mas não nos furtaremos a ofertar o que nos foi revelado, mesmo que sejamos os primeiros a ressaltar a nossa pequenez para tanto ao mesmo tempo em que reconhecemos que o presente estudo requer o devido aprofundamento, o que possivelmente será feito quando houver condições para tanto.

Assim, as profecias constantes no “Livro da Revelação”“O Apocalipse” –, também poderão ser manipuladas conforme a estratégia da política de informação, ou de contra-informação, dos lados envolvidos e ali retratados, o que seria de todo lamentável.

O presente estudo propõe uma análise objetiva quanto aos fatos ocorridos no dia 11 de setembro de 2001, situando-nos no contexto geral do Apocalipse, para que se possa ter uma ideia do que ainda está por vir, conforme o anúncio profético do apóstolo João. Para isso, nos despreocupamos em tornar agradável ou simpático para esta ou aquela parte do conflito o que aqui será exposto, até porque, no nosso entendimento, os profundos equívocos de ambas as partes é que produziram tudo o que de desagradável ultimamente vem ocorrendo no nosso mundo. São as eternas paixões humanas escudadas nas posturas comuns ao imperialismo econômico e político como também no fanatismo religioso e político, ambas as situações criando verdadeiros monstros — as feras apocalípticas — que devoram tudo a sua volta. O primeiro, concentrando riqueza e gerando miséria; o segundo, semeando terror.

Somos daqueles que pensam que nada justifica uma ofensa, um “arranhão” sequer, quanto mais atentar contra a vida de alguém, sob nenhum tipo de pretexto, seja este de ordem religiosa ou política. Afinal, se pretendemos construir um mundo pacífico, como defender o uso da violência sob qualquer prisma que se tente justificar? A violência é subproduto da ignorância quanto aos aspectos espirituais que regem a vida na Terra e, o repetimos, não a aceitamos sob nenhuma ótica de argumentação. Assim, com nada estamos alinhados e somente buscamos o esclarecimento espiritual.

Esclarecido este aspecto, pedimos desculpas caso as interpretações aqui ofertadas venham a ferir suscetibilidades de alguns irmãos ou irmãs da família planetária que estejam vinculados a algum dos lados do conflito, o que não é o nosso caso. Por quem somos, procuramos amar a todos os seres que vivem na Terra, indistintamente, pois enxergamos uma só família planetária vivendo neste mundo. E dia virá em que esta compressão será patrimônio moral e espiritual de todos os membros desta família, independente da singular diversidade que marca a vida terrena nos diversos campos que a compõem, diversidade esta que deverá sempre existir, pois talvez seja o que nos diferencie diante do cosmos. Existindo a consciência maior da cidadania planetária, a diversidade se preservará como um dos aspectos mais belos do nosso Planeta Azul.

Portanto, abordaremos o tema pretendido em três itens:

  • Situação psicológica do apóstolo-evangelista João diante das circunstâncias de sua vida, em especial quando da confecção das duas obras a ele referidas;
  • explicação da estrutura do livro do Apocalipse; e
  • as chaves das revelações apocalípticas.

I. A Psicologia do Apóstolo João Evangelista e o Apocalipse

Jesus, quando de Suas aparições no estado de ressuscitado, sempre se portou com a costumeira simplicidade que O caracterizara em vida. Chegou mesmo a comer e beber “como se fora um deles”, sorrindo com ternura diante daqueles a quem escolhera para terem a graça de percebê-lo.

Após sua penúltima aparição, junto ao lago Tiberíades, e como consequência dos diálogos com os apóstolos, ocorridos naquela ocasião, as marcas vibratórias nos discípulos foram fortíssimas, desempenhando importante papel na elaboração dos livros evangélicos e no próprio desenvolvimento do Cristianismo.

Logo em seguida a esta aparição, o Mestre orientou-os a ir para Betânia onde subiu aos céus, conforme descrito no evangelho de Lucas (Luc. 24, 50 a 53). Ascendeu junto com Seus anjos para preparar o porvir. Fez cumprir em Si mesmo todas as profecias do Antigo Testamento a Ele referidas. Se cuidou com tanto zelo das profecias antigas, se cumpriu a estranha promessa da ressurreição, o que não fará para que se cumpram as referentes ao Seu próprio retorno, feitas por Ele mesmo?

Outra questão que precisa ser realçada é a dificuldade que o apóstolo-evangelista João, tinha de se referir a si mesmo no seu próprio evangelho. Preocupado em se posicionar como narrador dos fatos que ele mesmo viveu e ao mesmo tempo tentar ser o mais fiel possível às ocorrências e às palavras de Jesus, João foi o único dos evangelistas que se preocupou em apresentar o Senhor como sendo uma personalidade cósmica em missão na Terra. Ressalta, em seu evangelho, a Sua divindade e apresenta-O como o “Verbo de Deus”.

Os demais evangelistas se preocuparam, cada um deles, com assuntos ou aspectos específicos da vida e obra de Jesus.

Contudo, antes mesmo de escrever o seu próprio evangelho, teve que percorrer caminhos difíceis, carregando sobre os ombros o peso de ser o último sobrevivente dos apóstolos e fugindo continuamente da perseguição romana. Essa etapa de sua vida começou efetivamente a partir da destruição do templo dos judeus em Jerusalém. João, pelo simples fato de estar vivo, era procurado por diversos grupos cristãos que lhe apresentavam problemas relativos ao entendimento e ao significado das palavras do Mestre.

A dúvida mais frequente era a respeito da prometida volta de Jesus. Afinal, Mateus, Marcos e Lucas haviam ressaltado nos seus evangelhos, de forma abundante, as próprias profecias de Jesus a respeito de Seu retorno, enquanto João pouco tinha citado, em seu evangelho, tal informação.

Durante a vida física, Jesus havia dito que a Sua volta seria percebida por todos, não necessitando que ninguém se deslocasse ou assumisse este ou aquele credo para se tornar um dos eleitos. Como Pastor cósmico que é, voltará para abraçar a todas as ovelhas do aprisco terrestre — “Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco” (Jo. 10, 16), já que “Na casa de meu Pai há muitas moradas.” (Jo. 14, 2). — e não somente aquelas inseridas em alguma religião, instituição ou em movimento de qualquer ordem, afirmam os mentores espirituais.

Disse o Mestre que todos verão o Filho do homem vir por sobre as nuvens do céu cercado de glória e de majestade e que não passará esta geração antes que tudo isto aconteça. Disse mais: o céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. Quanto àquele dia e àquela hora, ninguém o sabe, nem mesmo os anjos do céu, mas somente o Pai (Mat. 24, 29 a 36) referindo-se claramente a um tempo futuro, mas afirmava que tudo podia passar, menos o cumprimento da Sua promessa. Muitos, entretanto, achavam que Ele retornaria ainda naquela época.

Se Ele já havia ressuscitado como prometera, voltar não seria maior dificuldade, pensavam alguns. O problema é que ainda vinculavam, de maneira equivocada, a volta de Jesus com a constente esperança do povo de Israel em assumir um lugar de destaque entre as nações da Terra, conforme esperavam, já que não suportavam a dominação romana.

No ano 70 d.C., o general romano Tito destruiu Jerusalém e o templo sagrado dos judeus. Muitos dos cristãos-judeus esperavam a volta prometida de Jesus ainda para aqueles tempos. Por essa época, devido às brutais perseguições que Roma impusera aos cristãos, João teve que se refugiar procurando outras regiões para viver, fixando-se na Grécia por volta do ano 95.

João foi escrevendo o seu evangelho enquanto se deslocava por essas regiões, recordando-se constantemente do episódio da Transfiguração do Mestre. Os outros evangelistas — Mateus (17, 1–13), Marcos (9, 2–13) e Lucas (9, 28–36) — haviam se referido ao fato nos seus livros porém ele não o faria. Havia sido um dos participantes, junto com Pedro e Tiago, daquele evento inesquecível. Mas, ainda assim, não repetiria o que já estava dito.

Espremido pela pressão do povo judeu quanto ao retorno de Jesus e, sem saber o que dizer pois nem ele mesmo sabia quando tal fato seria, tornou-se o evangelista que menos se referiu às promessas de Sua volta — aspecto do qual se arrependeria mais tarde.

Por aquele tempo, as expectativas quanto à volta do Mestre eram fato comum nos comentários dos cristãos, e mesmo dos judeus não-cristãos, fosse a título de crença ou mesmo de pilhéria.

João recordava a cada momento da vez em que o Mestre lhes aparecera como ressuscitado, em especial, das suas palavras, que diziam da Sua vontade de que João ficasse até que ele viesse. Perguntava-se o que significava “ficar”. Ele estaria vivo quando Jesus retornasse? Se assim fosse, o que deveria ele fazer? Jesus voltaria como? Como havia aparecido logo após a Sua crucificação? Mas Ele lhes dissera que haveria de vir sobre as nuvens do céu e que a Sua volta seria percebida por todos; como seria tal coisa possível?

Seu cérebro terreno, com o conhecimento que adquirira naquela existência, não lhe permitia ir mais além nas suas angustiadas reflexões. O próprio nível de conhecimento da época, as frustradas expectativas de vinda de um messias vencedor — e não de um que havia sido derrotado e crucificado –, limitavam qualquer tentativa mais produtiva no campo do entendimento. O “recado cósmico” de Jesus tornou-se inapelavelmente refém do limitado conhecimento dos evangelistas. E não podia mesmo ser diferente.

João, que havia testemunhado o poder pessoal do seu amado Rabi, sabia que Ele não poderia ter se enganado. Se tudo que Ele fez, o fizera de tal forma revestido de uma autoridade jamais vista por ninguém, se tudo que Ele dissera acontecera, até mesmo quanto à destruição de Jerusalém, por que não cumpriria exatamente a que mais ressaltara nas suas pregações, durante os últimos meses de sua vida na Terra?

Finalmente conclui o seu evangelho, preocupado em escrever, não para os judeus ou para os pagãos, como fizeram os outros evangelistas mas para os cristãos, ressaltando a origem celestial do Senhor que nem mesmo ele compreendia. Por não compreendê-la, resolveu, de modo diferente dos outros evangelistas, não revelar em seu texto evangélico o que já havia sido ressaltado pelos outros: a promessa de retorno do Mestre.

Essa decisão de João marcou uma grande inquietude como companheira constante durante muitos anos após escrever seu evangelho, porque perceberia que havia agido por conveniência pessoal, já que, se continuasse afirmando que Jesus retornaria, teria que fornecer maiores explicações sobre a tão esperada volta.

Um dos seus muitos discípulos, também chamado João e que costumeiramente escrevia os seus apontamentos, atendia aos encargos de distribuir correspondências para os demais centros cristãos que haviam sido semeados pelo trabalho de Paulo de Tarso, Pedro e de outros trabalhadores da seara do Mestre.

João, o Evangelista, percebia claramente que não era para aquela época a tão prometida volta de Jesus, pois o Mestre dissera em diversas oportunidades, que a Sua mensagem haveria de ser divulgada por toda a Terra. Só depois disso, Ele retornaria.

João já tinha consciência que não era no tempo de sua vida que esse evento ocorreria. Isso, ele finalmente percebera. Arrependia-se, entretanto, de ter sido o único, entre os evangelistas, a não expressar claramente a promessa da Sua volta.

Ocorreu então que Jesus, de outras realidades existenciais, resolve convocar o espírito encarnado do apóstolo para um encontro esclarecedor quanto aos acontecimentos do futuro planetário. João, em desdobramento espiritual, é levado à Sua presença, como também à de Sua assessoria cósmica, para conversas e esclarecimentos que ficaram registrados nas páginas do livro Apocalipse.

Durante esse arrebatamento em êxtase, percebera seres com vestes resplandecentes como aqueles que vira no momento da Transfiguração de Jesus. Tivera a oportunidade de observar que as duas entidades que se projetaram quando o Mestre se transfigurou estavam também ali presentes.

Naqueles ambientes superiores, encontrou-se com o seu antigo mestre João Batista, de quem fora seguidor sob a roupagem fisionômica de um dos dois que se encontraram com Jesus durante a Transfiguração. Perguntava-se como podia tal fato ocorrer se ele, João, se lembrava perfeitamente que Pedro havia se referido aos dois seres ali presentes como sendo Elias e Moisés.

A resposta a essa indagação surgiu quando em sua mente veio a imagem do próprio Mestre dizendo, há mais de 75 anos, que Elias já “tinha vindo” na pessoa de João Batista.

De volta à sua consciência da materialidade, tendo despertado para os fatos terrenos, a sua mente espiritual começou a passar para o seu cérebro físico as lembranças e sensações do encontro ocorrido. De um modo geral era impossível compreender o significado do que presenciara.

Seus seguidores começaram a tomar nota das informações que o apóstolo passava, coordenados pelo discípulo também chamado de João, dando origem às páginas do Apocalipse. Se antes, por dúvida preferira eximir-se de expressar a promessa da volta futura do Cristo, agora nada mais lhe retinha a renovada intenção antes sufocada pelas circunstâncias.

Externou aos seus discípulos tudo o que lhe veio à mente como sendo recordação da projeção vivenciada. Os mentores ajudavam-no para que a fixação, das lembranças experienciadas, ocorresse na sua memória apesar do pouco ou nenhum entendimento a respeito dos eventos futuros que lhe foram revelados.

João compreendera que ficaria reencarnando na Terra, ajudando ao progresso planetário, até que a promessa da vinda do Senhor fosse cumprida.

Apesar das perseguições promovidas por Domiciano — cristãos estavam sendo queimados, crucificados, decapitados e lançados às feras nos circos romanos — , os discípulos de João encaminhavam às Igrejas que já existiam, as informações percebidas durante aquele desdobramento espiritual quanto à volta de Jesus em tempos futuros.

Se quando da feitura do seu evangelho, faltaram-lhe discernimento e coragem para inserir a mais insistente promessa de Jesus ainda por ser cumprida, agora, nas páginas do Apocalipse, João realça de forma contundente a certeza do que lhe fora revelado em espírito, quanto ao retorno do Senhor.

Ciente da mensagem que recebera, compreendera finalmente todos os aspectos das muitas passagens da vida do Mestre, nas quais fora testemunha privilegiada. Sabia que, diferentemente dos demais apóstolos que saíram do contexto terreno, ficaria trabalhando na Terra até que os tempos fossem chegados. E eis que os tempos já são chegados.

II. Entendendo o Apocalipse

Para o que pretende este estudo demonstrar, podemos dividir o Apocalipse da seguinte maneira:

1. A primeira parte referente as mensagens enviadas às sete igrejas, simbolizando com este número, a totalidade de todas as agremiações terrenas e, em última instância, a todos os que vivem na Terra.

2. O anúncio profético dos fatos futuros divididos em sete grupos de acontecimentos, sendo cada um desses grupos o que o evangelista chamaria de “selo”, existindo, portanto, os sete selos do Apocalipse. No sétimo e último selo estão contidas as sete trombetas. Entre a sexta e a sétima trombeta está inserida a execução dos decretos do pequeno livro aberto onde, por sua vez, são descritas as chamadas sete taças da cólera de Deus. Também entre a sexta e a sétima trombeta situam-se os acontecimentos ocorridos em setembro do ano de 2001.

Assim, os sete selos referem-se aos grupos de acontecimentos até o prometido retorno de Jesus.

3. Após a chegada de Jesus começa a edificação do reino de amor do Pai Celestial com o início do processo de convivência entre os que vivem na Terra e os seres de outras moradas celestiais.

4. Epílogo, onde o evangelista atesta o recebimento das mensagens e conclui a revelação da vinda do Senhor repetindo a Sua promessa de retornar à Terra.

O grande problema de entendimento do Apocalipse como um todo reside nas dificuldades em descortinar as mensagens da sua segunda parte, ou seja, dos conjuntos proféticos selados que foram abertos para que João pudesse profetizar.

Não é objetivo do presente estudo, esclarecer as nuanças proféticas que cercam as revelações dos seis primeiros selos, o que poderá vir a ser feito em outra oportunidade. Ressalte-se, por necessário, que urge o entendimento por parte da humanidade dos dias que correm a partir do ano 2001, para que possam todos se preparar convenientemente para o que ainda está por vir, sendo este o objetivo maior do presente estudo.

Assim, é importante que se parta da premissa de que todos os acontecimentos previstos nos seis primeiros selos já aconteceram ou tiveram as suas possibilidades proféticas já superadas, pois que as profecias predispõem mas não impõem e, assim sendo, nem tudo o que foi vaticinado realmente chega a ocorrer. Como exemplo maior desse aspecto, podemos citar o fato de que existiam no passado profecias referentes à destruição de Sodoma e de Gomorra como também à de Nínive. Para esta última, foi enviado o profeta Jonas que avisou a iminente destruição da cidade, caso os seus habitantes não fizessem penitência ou, em outras palavras, não se esforçassem por mudar de atitude. Os moradores de Nínive fizeram a penitência solicitada por Jonas e a cidade foi poupada. Já os habitantes de Sodoma e de Gomorra não modificaram as suas atitudes, o que teria criado ambiente propício a sua destruição.

É importante também notar que, o evangelista, ao abrir o chamado sétimo selo, percebeu que ao final do tempo e dos acontecimentos previstos para aquele selo, o Senhor retornaria. Desta forma, resolveu subdividir este selo em sete grupos de ocorrências aos quais chamou de sete trombetas. E como tudo culminaria com o retorno do Senhor Jesus, João simbolizou a importância desse fato sendo anunciado pelo tocar das trombetas pelos anjos anunciadores do novo evento Crístico na Terra. Por isso, cada anjo toca uma trombeta até o retorno glorioso do Senhor.

Entre a sexta e a sétima trombeta — esta última anunciando a chegada iminente de Jesus — ocorre uma série de acontecimentos espetaculares (para a ótica de João) que lhe foram apresentados à parte do contexto profético, e que no Apocalipse aparecem como sendo a “Execução dos Decretos do Pequeno Livro Aberto”. E é aqui que reside o que mais interessa a atual geração que está vivendo na Terra, pois os acontecimentos descritos referem-se aos problemas ocorridos desde o último dia 11 de setembro de 2001, os que estão ocorrendo e ainda por ocorrerem, até que se consume o retorno de Jesus no Seu papel de ser cósmico vivendo além das fronteiras terrenas, para religar a Terra à convivência cósmica com as demais moradas siderais.

Vamos a análise dos fatos e das descrições apocalípticas.

III. As Chaves e o Estilo das Revelações Apocalípticas

Observação estratégica: para facilitar a compreensão, focalizando a atenção daqueles que buscam perceber os aspectos espirituais e cósmicos por trás da limitada ótica comum a vida terrena, aqui somente serão ofertadas algumas das chaves para o entendimento referentes aos toques da quinta, da sexta e da sétima trombetas do sétimo e último selo.

É importante ressaltar que, conforme descrição do próprio João, o seu espírito foi “arrebatado aos céus”, maneira pela qual teve acesso às informações que posteriormente revelaria no livro Apocalipse. Assim, imaginemos, por exemplo, que o apóstolo João, ao relembrar-se das revelações que lhe foram feitas quando do seu contato com o Senhor e suas hostes angelicais durante o arrebatamento, ao lhe ter sido mostrado um fato que ocorreria cerca de dois mil anos depois — um avião ou mesmo uma frota de aviões em combate –, diante do seu entendimento da época, como ele descreveria o que estava vendo? Com que palavras ele narraria os fatos que se desenrolavam diante de sua percepção?

Hoje, para nós, avião é a coisa comum, porém, para aquela época, como podia o cérebro de alguém entender tal coisa?

João chamou-lhes de “gafanhotos” na quinta trombeta.

“O aspecto desses gafanhotos era o de cavalos aparelhados para a guerra. Nas suas cabeças havia uma espécie de coroa com reflexos dourados. Seus rostos eram como rostos de homem, seus cabelos como os de mulher, e seus dentes como os dentes de leão. Seus tórax pareciam envoltos em ferro, e o ruído de suas asas era como o ruído de carros de muitos cavalos, correndo para a guerra. Tinham caudas semelhantes à do escorpião, com ferrões e o poder de afligir os homens por cinco meses.” (Apoc. 9, 7 a 10).

Imaginemos, agora, que para o cérebro de João que jamais vira uma construção elevada, a única referência que tinha para essas coisas era a ideia cerebral que havia feito ao ter notícias, através dos estudos e das narrativas históricas do povo judeu, da já lendária questão para aquela época da Torre da Babilônia (de Babel). Assim, vamos supor o evangelista tendo acesso as imagens das quedas das torres do World Trade Center, em Nova York, como ele descreveria aqueles tristes acontecimentos? Com que palavras ele poderia se referir a tais fatos atordoantes para a sua concepção de mundo e de vida, à época em que viveu?

Prestemos, agora, atenção, ao que João descreve como sendo os acontecimentos entre o final da sexta trombeta e o início da sétima.

“Depois disso vi descer do céu outro anjo que tinha grande poder, e a terra foi iluminada por sua glória. Clamou em alta voz, dizendo: “Caiu, caiu Babilônia, a grande”…; “porque todas as nações beberam do vinho da ira de sua luxúria, pecaram com ela os reis da terra, e os mercadores da Terra se enriqueceram com o excesso do seu luxo.” (Apoc. 18, 2–3). Elementos observados: a queda das torres; o imperialismo econômico e político, aspectos de uma globalização sustentada em princípios cujos valores exaltam o capital e desprezam a vida humana, reduzindo-a a um mero exercício de mais valia financeira; e o poderio exercido no resto do mundo pelo maior centro financeiro do planeta, a cidade de Nova York.

“Hão de chorar e lamentar-se por sua causa os reis da terra que com ela se contaminaram e pecaram quando avistarem a fumaça do seu incêndio. Parados ao longe, de medo de seus tormentos, eles dirão: “Ai, ai da grande cidade, Babilônia, cidade poderosa! Bastou um momento para tua execução!” (Apoc. 18, 9–10). Elementos observados: postura dos demais líderes mundiais diante da queda das torres; a queda repentina das mesmas.

“Também os negociantes da terra choram e se lamentam a seu respeito, porque já não há ninguém que lhes compre os carregamentos: carregamento de ouro e prata, pedras preciosas e pérolas, linho e púrpura, seda e escarlate, bem como de toda espécie de madeira odorífera, objetos de marfim e madeira preciosa; de bronze, ferro e mármore; de cinamônio e essência; de aromas, mirra e incenso; de vinho e óleo, de farinha e trigo, de animais de carga, ovelhas, cavalos e carros, escravos e outros homens.

Eis que o bom tempo de tuas paixões animalescas se escoou. Toda a magnificência e todo o brilho se apagou, e jamais serão reencontrados.

Os mercadores destas coisas, que delas se enriqueceram, pararão ao longe, de medo de seus tormentos, e hão de chorar e lamentar-se, dizendo: “Ai, ai da cidade, a grande, que se revestia do linho, púrpura e escarlate, toda ornada de ouro, pedras preciosas e pérolas. Num só momento toda essa riqueza foi devastada.” (Apoc. 18, 11–17). Elementos observados: durante vários dias a bolsa de Nova York parou, diversos negócios deixaram de ser realizados; preocupação do evangelista em listar todas as mercadorias que ele conhecia ao tempo em que viveu para simbolizar o poderio econômico do centro financeiro representado pela cidade de Nova York e, em especial pelas duas torres que ruíram.

“Todos os pilotos e todos os navegantes, os marinheiros e todos os que trabalham no mar paravam ao longe e exclamavam, ao ver a fumaça do incêndio: “Que havia de comparável a esta grande cidade?”E lançavam pó sobre as cabeças chorando e lamentando-se com estas palavras: “Ai, ai da grande cidade de cuja opulência se enriqueceram todos os que tinham navios no mar. Bastou um momento para ser arrasada”. (Apoc. 18, 17–19) Elementos observados: pilotos de aviões além de comandantes e tripulantes de navios que ao longe observavam a fumaça das torres e depois da derrocada de ambas; o pó da derrocada cobrindo literalmente a milhares de pessoas que estavam próximas ao local dos problemas ocorridos; a ênfase em Nova York como centro de comércio para as nações que participam do circuito dos negócios mundiais; a rapidez com que as torres ruíram.

“Então um anjo poderoso tomou uma pedra do tamanho de uma grande mó de moinho e lançou-a no mar, dizendo: “Com tal ímpeto será precipitada Babilônia, a grande cidade, — e jamais será encontrada.” (Apoc. 18, 21). Aqui se observa um anjo demonstrando com ênfase a João como as torres cairiam. É importante perceber que os seres que procuravam simbolizar os acontecimentos profetizados foram todos chamados por João, de anjos.

Portanto, estas são algumas das passagens constantes no Apocalipse que se referem aos fatos ocorridos no mês de setembro de 2001. Na verdade, muito mais poderia aqui ser citado. Mas não é este o objetivo do presente estudo. Se tivermos conseguido deixar claro ao menos a possibilidade de que realmente os fatos ocorridos encontram padrões de referência sólidos nos aviso proféticos, já teremos atingido o objetivo a que nos propomos: a de chamar a atenção para um evento tido por muitos como algo impossível de acontecer e para outros, algo que esperam mesmo que aconteçam mas sobre o qual não fazem a menor ideia de como seria, que é o prometido retorno daquele que na Terra ficou conhecido como Jesus.

Assim, é importante observar que os acontecimentos anteriormente referidos, conforme a ótica de interpretação da qual estamos partindo, serão seguidos de mais três eventos distintos, facilmente observados como descritos no Apocalipse:

1. Sequência de Conflitos Armados

Conflito gerado a partir do ataque terrorista entre “… os reis da terra com os seus exércitos reunidos para fazerem guerra ao cavaleiro e ao seu exército.” (Apoc. 19, 19). Mas aqui, é importante que ressaltemos que este fato ocorre ao mesmo tempo em que um “exército celeste” já se põe a postos em outras paragens, como que observando os acontecimentos terrenos, prestes a se deixar perceber aos que vivem na Terra.

Observemos as palavras eleitas por João para se referir a fatos que ocorriam fora do contexto terreno enquanto que, na Terra, algumas forças entravam em conflito, após os ataques ocorridos nos Estados Unidos.

“Vi ainda o céu aberto: eis que aparece um cavalo branco. Seu cavaleiro chama-se Fiel e Verdadeiro, e é com justiça que ele julga e guerreia. Tem olhos flamejantes. Há em sua cabeça muitos diademas, e traz escrito um nome que ninguém conhece, senão ele. Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome é o Verbo de Deus.” (Apoc. 19, 11–13). João descreve a aproximação junto ao nosso mundo de um cortejo celestial comandado por aquele que na Terra ficou conhecido como Jesus. Este se apresenta na forma existencial normal ao seu estado de autoridade celeste e com o seu nome cósmico universalmente conhecido.

“Seguiam-no em cavalos brancos os exércitos celestes, vestidos de linho fino e de uma brancura imaculada. De sua boca sai uma espada afiada, para com ela ferir as nações pagãs, porque ele deve governá-las com cetro de ferro e pisar o lagar do vinho da ardente ira de Deus Dominador. Ela traz escrito no manto e na coxa: “Rei dos reis e Senhor dos senhores!” (Apoc. 19, 15–16). João continua a descrever os assessores celestiais presentes no cortejo e ao perceber que eles estão se deslocando em alguma coisa, por não encontrar maiores referenciais diante daquela tecnologia que jamais vira na Terra, denominou as “coisas” nas quais aqueles seres se aproximaram da Terra como sendo “cavalos brancos”, procurando deixar absolutamente claro que o comando era exercido por aquele a quem ele conhecera como Jesus.

“Eu vi a fera e os reis da terra com os seus exércitos reunidos para fazerem a guerra ao cavaleiro e ao seu exército. Mas a fera foi presa, e com ela o falso profeta, que realizara prodígios sob o seu controle, com os quais seduzira aqueles que tinham recebido o sinal da fera e se tinham prostrado diante de sua imagem. Ambos foram lançados vivos no lago de fogo sulfuroso. Os restantes foram mortos pelo Cavaleiro com a espada que lhe saía da boca. E todas as aves se fartaram de suas carnes.” (Apoc. 19, 19–21). O evangelista refere-se às forças em conflito e deixamos ao critério dos que por si mesmo possam analisar as expressões e aos fatos que se seguem referentes aos personagens citados. A eterna narrativa do embate empreendido pelas forças trevosas diante da luz do esclarecimento espiritual. O evangelista coloca a seu mestre na função de “cavaleiro pelejando motivado por nobres ideais”, afirmando que os seus ensinamentos triunfarão ante as forças da ignorância presentes em todos os lados envolvidos na questão.

Ao mesmo tempo em que tudo isso acontece, com a aproximação do cortejo celeste, inicia-se o julgamento geral de todos os que viveram e vivem na Terra, evento celeste que marca os primeiros momentos do cumprimento da promessa feita por Jesus de aqui retornar para pessoalmente presidir esses acontecimentos.

2. O Triunfo das Testemunhas do Cristo

Em algum tempo durante o desenrolar das últimas etapas dos acontecimentos consequentes à queda da Babilônia, eis o que o evangelista descreve como sendo o último evento digno de nota, conforme a sua apreciação pessoal, antes da já iminente chegada de Jesus.

“Foi-me dada uma vara semelhante a uma vara de agrimensor, e disseram-me: “Levanta-te! Mede o templo de Deus e o altar com seus adoradores. O átrio fora do templo, porém, deixa-o de lado e não o meças: foi dado aos gentios, que hão de calcar aos pés a cidade santa por quarenta e dois meses. Mas incumbirei às minhas duas testemunhas, vestidas de saco, de profetizarem, por mil duzentos e sessenta dias. São eles as duas oliveiras e os dois candelabros que se mantêm diante do Senhor da terra.” (Apoc. 11, 1–4).

Aqui o profeta se refere ao fato de que lhe foi dado observar quantos, entre os que viviam na Terra, já estavam aptos (tendentes ao bem) à convivência fraterna entre os seres. Aqueles, porém, que estavam fora do circuito espiritual dos que já se podiam considerar como ungidos pelo amor do Pai, teriam ainda “um tempo” para serem esclarecidos pelas duas testemunhas das lições eternas legadas ao mundo pelo Mestre dos Mestres.

O objetivo dessa última etapa antes da chegada de Jesus e, com isso, a consumação do julgamento denominado de Juízo Final, é exatamente a de fornecer uma espécie de última oportunidade para que cada um se defina de uma vez por todas diante do “Livro da Vida”, assumindo definitivamente os valores eternos do amor e do esclarecimento espiritual, deixando assim de se vincular às posturas empedernidas das forças trevosas que entronizam a ignorância e o orgulho espiritual colmo sendo a tônica de suas atitudes.

Quanto aos demais versículos deste capítulo, antes que chegue a hora em que o sétimo anjo toca a sétima trombeta, aqui também deixaremos a critério da análise de cada um, por não ser a preocupação central do presente estudo.

3. O Toque da Sétima Trombeta Anunciando o Retorno de Jesus

Ainda no capítulo 11 do “Apocalipse”, denominado como o “Triunfo das Testemunhas de Cristo”, soa a última trombeta e ocorre o cumprimento da promessa feita por Jesus quando ele viveu na Terra: a de que um dia retornaria na sua forma celestial cercado por suas hostes angelicais para edificar o reino de amor e de paz do Pai Celestial.

“O sétimo anjo tocou a trombeta. Ressoaram então no céu altas vozes que diziam: “O Império de nosso Senhor e de seu Cristo estabeleceu-se sobre o mundo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.” (Apoc. 11, 15). Quem tiver ouvidos, ouça.

Considerações Finais

Um dos principais enigmas quanto a correta postura para se entender o roteiro dos fatos vaticinados no Apocalipse refere-se ao que particularmente denomino como sendo o “fator da simultaneidade”. Se não for levado em questão dificilmente se poderá ter uma compreensão razoável quanto ao que verdadeiramente o profeta pretendeu simbolizar. Mas o que é o fator da simultaneidade? Provavelmente nasceu, em primeiro lugar, devido à incapacidade cerebral do apóstolo João de entender o desenrolar dos fatos que lhe foram demonstrados em uma ordem lógica para o seu raciocínio; em segundo, pela dificuldade descritiva do apóstolo e de seus discípulos quando da formulação das idéias e da arquitetura da narração na nobre tentativa de não deixar sem abordagem qualquer dos fatos proféticos avaliados como importantes.

Assim, ao que julgamos entender, algumas das descrições presentes nos conjuntos de fatos por trás das aberturas dos seis selos, descrevem eventos, personagens, instituições, cidades e nações simultaneamente referidas quando das narrativas que se relacionam com o soar das seis primeiras trombetas pelos anjos, como também quando outro grupo de anjos mostram as sete taças da ira de Deus.

Além disso, ocorrências também simultâneas são abordadas em partes específicas de alguns capítulos, como por exemplo, o “Derramamento da sétima taça”, “Castigo de Babilônia”, “Vitória de Cristo sobre as feras”, “Sorte do Dragão”, “Julgamento Geral”, “Triunfo das Testemunhas de Cristo”.

Por mais estranho ou mesmo paradoxal que possa parecer, todos os epítetos citados referem-se a fatos que se entrelaçam e que estão correndo simultaneamente, alguns há mais tempo; outros já consumados, tendo, porém, suas consequências como fatores de influência no presente; alguns outros que já tiveram início com o desenrolar de suas etapas iniciais, estando todo esse contexto fortemente marcado nos dias do ano 2001 e nos que seguem.

Outro aspecto que muito tem confundido os estudiosos é o fato do evangelista ter colocado os “Decretos do Pequeno Livro Aberto” como uma espécie de apêndice após o que João relata ser o último acontecimento de sua profecia: que é a chegada de Jesus. Assim ele agiu provavelmente procurando não alterar o roteiro do entendimento quanto a uma possível ordem nos eventos profetizados.

Concluindo esta mensagem, obriga-nos o senso moral a informar que estes escritos foram realizados em três madrugadas de outubro de 2001 e imediatamente solicitado a logo divulgá-los, por questões outras dificilmente percebidas pelo senso comum; estimamos que venham a valer bem mais pela reflexão que possam semear naqueles que buscam do que propriamente pela forma, no que somos os primeiros a realçar a ausência de qualquer preocupação com estilo.

O propósito maior, além de provocar a necessária reflexão diante de avisos de há muito dados, os fatos do presente e os que porventura poderão nos envolver no futuro — e que também foram desde os tempos bíblicos também vaticinados –, é o de simplesmente chamar a atenção para o iminente retorno do Mestre Jesus, na Sua real condição de ser excelso e de autoridade cósmica, que vive em moradas que se situam muito além do horizonte da atual concepção humana sobre o grande conjunto de universos que nos rodeiam.

Muitos mestres cósmicos vieram à Terra, dando as suas contribuições para o progresso planetário. Moisés, Lao-Tsé, Zoroastro, Sidarta Gautama, Jesus, Maomé e demais mestres espirituais que, através de suas contribuições filosóficas e pelos seus testemunhos singulares cujos legados terminaram por semear as religiões que hoje marcam o panorama terrestre, todos eles marcaram o mundo com a essência das suas fragrâncias espirituais eternizadas nos livros sagrados das muitas religiões. Todos eles trabalharam em prol de um único objetivo: o de promover a redenção espiritual desta humanidade. Porém, somente um deles prometeu retornar, além de ter procurado oferecer um roteiro lógico quanto aos fatos futuros para que se pudesse atinar com os tempos profetizados quando estes fossem chegados. E eis que os tempos são chegados. E somente a promessa de Jesus de aqui retornar é o único elo que temos com o futuro, pelo menos no que se refere ao conjunto das profecias feitas nos tempos bíblicos.

O que mais importa, por trás da prometida volta de Jesus, é o fato de todos os que vivem na Terra, independente da religião que atualmente professem — e mesmo de professarem alguma, já que valemos pelo amor que carregamos no coração — voltarem a conviver com seres de outros orbes, dando um fim ao isolamento pelo qual passa o nosso planeta diante do cosmos, desde tempos imemoriais. Apenas caberá ao Mestre Jesus, em nome de todos os grandes mestres que já viveram na Terra, a coordenação amorosa dos instantes da renovação pelos quais passa o nosso lar planetário.

Nada de fim de mundo com a Sua volta e nem muito menos a ocorrência de acontecimentos negativos. Estes são promovidos pela nossa própria incúria espiritual, jamais por seres evoluídos e que amam incondicionalmente. Tão evoluídos são que provavelmente somente se deixarão mostrar para que tenhamos a certeza de que não estamos sós no universo. Mas eles sabem que, enquanto aqui estiverem, todos ficarão sob a influência de suas presenças vibratórias, o que nos impedirá de produzir o necessário progresso do nosso mundo, responsabilidades estas indelegáveis e intransferíveis.

Nenhum ser de fora virá fazer ao que cabe ao homem e a mulher terrestres realizar: o progresso material e espiritual do nosso mundo baseado no esforço e no mérito moral de seus habitantes. Por isso eles logo sairão do contexto terreno prometendo para breve o retorno contínuo de muitas equipes que virão visitar e conviver os seus irmãos terráqueos, a medida em que formos aprendendo realmente a amar uns aos outros — postura básica e essencial do exercício pleno da cidadania cósmica — aspecto comum aos seres evoluídos.

Portanto, que sejamos caminhantes que jamais se detêm na tentativa de entender a vida e o mundo que nos cerca, procurando nos afastar da ignorância que a tudo obscurece e na busca da consecução do ideal fraterno entre os que vivem na Terra.

Jan Val Ellam

Livro “Sophia e o Logos Criadores”, Jan Val Ellam, 2020
Fonte:
Bíblia Sagrada. Tradução dos Originais mediante a versão dos Monges de Maredsous, Bélgica, pelo Centro Bíblico Católico — 41a Edição — Editora Ave Matia Ltda, São Paulo, Edição Claretiana — 1982.

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